Assuntos

Anfitrião NSG: Alexander McQueen no Rio de Janeiro

por Marina Ribeiro, 21 de março de 2014
, , , , , ,

No último dia 11, quatro anos da morte do estilista Alexander McQueen se completaram. Controverso, subversivo e provocador, Lee – como era chamado – se enforcou com um cabide, chocando o mundo da moda e das artes. Este Host NSG vem como uma homenagem póstuma ao britânico que, com algumas das criações mais emblemáticas já vistas na passarela, soube fundir com maestria as artes e o universo fashion.

Certamente não seria fácil a tarefa de receber este homem de 40 anos (idade de sua morte), criador compulsivo , semirrecluso ao mesmo tempo que idolatrado mundialmente. Um designer responsável por vestir, com suas roupas inventivas, nomes igualmente excêntricos como Lady Gaga e Björk, dentre dezenas de outros célebres fãs de seu trabalho. Mas eu, espertamente, evocaria de início uma paixão surpreendentemente distante da moda!

Manhã no Jardim Botânico

jdbotanico_por_Ladyce WestMcQueen era um apaixonado por ornitologia (que não é o estudo de ornitorrincos, mas um ramo da biologia que se dedica ao estudo das aves), o que me faria começar o nosso dia no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde poderíamos observar voando livres algumas espécies de pássaros da região. Aproveitaria o clima de natureza para perguntá-lo sobre uma de suas mais icônicas coleções, em que desfilou uma estamparia gráfica baseada na simetria e nos animais, algo amplamente copiado.

Almoço no Oui Oui

ouioui

Depois de tal dose de conversa e caminhada, levaria McQueen até um restaurante que, apesar de conhecido, mantém clima silencioso (raro no Rio) e reservado, numa charmosa rua do Humaitá; o Oui Oui. Ali, dividiríamos os pratos minimalistas numa mesa de canto, conversando, talvez, sobre seu interesse em paganismo celta ou outras questões místicas, macabras e góticas. Esse tipo de estética, tão traduzido em suas coleções, é, afinal, grande foco de interesse! Tal assunto jamais nos tiraria o apetite.

Tarde na Biblioteca Nacional

Biblioteca Nacional

Lee é mestre pela Central Saint Martins College of Arts and Design, renomada instituição do segmento. Nossa visita à Biblioteca Nacional seria o digestivo perfeito, e Lee poderia acessar periódicos tradutores da história da moda brasileira. A Biblioteca está localizada na Cinelândia, o que nos permitiria ainda apreciar a arquitetura do centro carioca.

Fim de tarde no Comuna

comuna_por_ Rodrigo Melo

Fecharia o dia com Alexander McQueen na Comuna, em Botafogo. A casa colaborativa seria o espaço perfeito para mostrar a Lee um pouco da expressão fashion carioca. Começaríamos dando uma olhada na Sala de Estar, multimarcas que reúne jovens talentos da moda do Rio e de outros lugares. Depois, quando o sol já tivesse se posto, escolheríamos uma mesa discreta no interior da casa, ao lado de alguma janela. Dali, poderíamos observar o diverso streetstyle local e, ao mesmo tempo, bebericar ótimos drinks. A música certamente seria uma mistura de sons exóticos com clássicos como David Bowie, para quem McQueen desenhou um icônico casaco. Se sentíssemos fome, ainda comeríamos uns dos melhores sanduíches da cidade, e a meia luz do lugar daria ao nosso fim de noite o tom dramático tão característico das roupas e da mulher idealizada por McQueen.

alexander_por_Vogue alexander1_por_Divulgação alexander_por_divulgação alexander_por_Divulgação (1)

alexandermcqueen

Marina Ribeiro

Marina Ribeiro é jornalista e atriz em formação. Ama o teatro e acredita na comunicação em suas mais diversas manifestações – a moda é uma das favoritas. Soteropolitana, morou em São Paulo durante 4 anos e agora respira ares cariocas. No Instagram, ela é @marinaribei.

More Posts

Comentários