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Grande Festa dos Bálcãs… só que no Brasil!

por Estela Marcondes, 13 de maio de 2014
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MPB, samba, hip hop, pop, rock, música clássica, sertanejo… Acredito que é no quesito “música” em que melhor consigo exercitar a flexibilidade e a abertura que gostaria de ter em tantos outros aspectos da vida. Meu humor muda com o decréscimo da temperatura ambiente e tenho que fazer força para não torcer o nariz se me oferecem um coração de galinha no restaurante; mas é muito difícil algum estilo musical realmente me incomodar. Muito pelo contrário! Assim, curtir o Festival de Música Balcânica que rolou no SESC na semana passada, não foi uma surpresa para mim. A surpresa foi a popularidade e o tamanho do evento em si.

Se você está quebrando a cabeça para tentar lembrar que diabo é o tal estilo, te ajudo. Tente se recordar de alguma vez que encontrou pessoas reunidas em uma dança circular (dança em roda), que viu algo na TV sobre músicas da Grécia ou, ainda, sobre o povo cigano. Neste momento, provavelmente a trilha sonora era balcânica.

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O festival aconteceu no Sesc Pompeia, de 26 de abril a 7 de maio, com inúmeras atrações das mais diversas, como workshops, apresentações de canto e dança. A curadora, professora e coreógrafa Betty Gervitz, comentou que o evento buscou valorizar a cultura que, por conta de sua posição estratégica, reúne distintas etnias, de países como Grécia, Albânia, Bulgária, Turquia e Sérvia.

Foi meu cunhado quem me avisou da “Grande Festa dos Bálcãs”, que uniria, no domingo, DJs, o famoso dançarino e coreógrafo turco Ahtmed Luleci, além dos músicos, como os do Istanbul Quartet.

Não foi fácil conseguir ingresso no dia do evento e meu namorado teve que ser insistente para garantir os nossos. Como você pode ver nas fotos, o salão da cervejaria do SESC estava completamente lotado! Lotado e diversificado, diga-se de passagem. Com faixa etária entre cinco e 95 anos (sem exagero!), eram raros os que não estavam vestindo sapatos e roupas confortáveis, visivelmente “equipados” para balançar o esqueleto! Em cinco minutos de evento, já não era possível distinguir os que conheciam dança circular dos que nunca haviam entrado em uma roda de dança em toda a vida. O espaço estava deliciosamente bagunçado! Após os DJs (com maquiagem e figurino impecáveis) tocarem, chegou a hora do quarteto de músicos fazerem o som ao vivo. De repente, no meio da gostosa bagunça, surge o Zeca Camargo “à paisana”, dançando e cantando junto com todos os outros pagantes dos dez reais de ingresso (valor da meia-entrada). Soube, horas depois, que ele é um grande amigo do dançarino turco, que conduzia a roda.

A festa foi linda! Fiquei com vontade de me aproximar mais desta cultura. Foi com este gostinho de “quero mais” que puxei papo com o músico búlgaro do vídeo (você também pode encontrá-lo nas fotos da banda). Ele mesmo se apresenta para vocês:

 

O Zeca não pôde gravar um vídeo para o NSG devido ao seu contrato com a Rede Globo, mas conversou com a gente e a simpatia surpreendeu.

foto 2 foto 3 foto 2Fotos por Estela Marcondes 

 

Fotos: Estela Marcondes

 

Estela Marcondes

Estela Marcondes é Terapeuta Ocupacional, acompanhante terapêutica e encantada pelas "linguagens" do mundo, além da verbal. Algumas vezes pensa que a palavra foi inventada por alguém que estava com preguiça de usar os outros sentidos para dizer como se sentia. Adora LIBRAS, dança, trabalhos manuais, música, observar demonstrações explícitas de carinho e elefantes!

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